Essência Humana
É preciso cultuarmos valores que reconstruam a sociedade atual, com melhores sentimentos e pensamentos. Somente assim, vamos atingir a evolução necessária e tão almejada por todos.
Luciano Pereira
2/20/20254 min read


Popular ditado: A vida é uma escola! É preciso a prática, para darmos voz e vida à filosofia que nos conduz. Vivemos num momento crucial neste mundo que, muito já se fez renascer, ao longo de sua história, porém, nunca é tarde aprimorarmos valores que (parecem) estar esquecidos, mas não abandonados.
O cuidado nos remete a não nos envaidecermos de valores bíblicos, cristãos, pagãos ou de qualquer outra corrente, mas é fundamental praticarmos o que o Ser Humano tanto almeja, pede, anseia, mas raramente o pratica, como deveria fazer.
Recomendo que sua atenção seja dedicada até o final. Notório e decisivo o momento ora vivido, por pessoas, povos e nações ao redor do mundo. O mundo requer paz, compaixão, harmonia, tolerância e um verdadeiro e consciente culto ao perdão, a semente elementar da transformação pessoal, moral e espiritual ao qual todos nós estamos sujeitos, sem qualquer exceção.
Mais do que uma aparente filosofia barata e sem nexo, urge emergirmos valores do fundo de nossas consciências, quiçá esquecidos e dormentes, num subconsciente “preguiçoso” ou, pior, relegados ao inconsciente.
Ultrajante seria não nos dedicarmos ao perdão de nossos semelhantes, próximos e íntimos, distantes ou desconhecidos. O propósito aqui não é uma defesa dos nossos ou de outrem, mas que possamos — uma vez, ao menos — nos abraçarmos a uma causa universal, que permeia todos os setores da vida: privada, íntima, moral, espiritual, pública e coletiva.
Imperativo se faz nos arrependermos dos erros praticados. Fator elementar para uma vida mais digna, producente, amorosa e harmoniosa, premente a um crescimento e evolução interior, capaz de uma transformação da água em vinho, do pecador em iluminado, de um simples sujeito errático e errante em um fleumático mestre búdico.
Tão improdutivos são certos movimentos, verdadeiras catarses emocionais sem pé nem cabeça, que procuram semear valores indignos de uma sociedade em ascensão, e que almeja um futuro mais próspero e mais condizente aos reais e mais nobres anseios das sociedades em torno do mundo atual.
Assim, não obstante aos erros que cometemos, aos quais cada ser humano está fadado e praticar e (nobremente) se arrepender, é necessário e justo que o perdão prevaleça, uma vez que a reconstrução ocorre — sempre e necessariamente — de dentro para fora, do interior ao mundo exterior ou, caso prefiram, num tom ainda mais nobre e reflexivo: Do seu mais autêntico íntimo à divindade! Faculdade esta disponível a todos nós, sem distinção de qualquer espécie.
Sejamos coerentes e resilientes. Pratiquemos, finalmente, na sociedade atual, o culto aos valores que nos enobrecem (ao invés de nos subjugar), que nos unem (ao invés de nos dividirem), que vislumbrem a união e uma vida mais harmoniosa, compassiva e feliz (ao invés de segregar, impugnar e aviltar), a uma vida governada através de desvios, por nossas próprias imperfeições.
"Faze do amor a tua lei, e da tolerância o teu caminho."
(Provérbio Sufi*)


"Busque o amor, e o resto lhe será acrescentado."
(Mahatma Gandhi)


Vale salientarmos que alguns erros nos custam muito caro, como pessoas, povos e até nações. Passando aqui por emoções, sentimentos, necessidades e desejos. Okay, disso todos sabemos, de fato! Mas a provocação deste artigo reside neste ponto: Todos sabem, poucos entendem, quase ninguém pratica! E, deste modo, isso nos traz ao cerne da questão: O que, efetivamente, desejamos para nossas vidas?
Indispensável se faz evocarmos os mais puros e nobres sentimentos, para uma vida mais feliz, que não nos renegue a melhor das colheitas, juntos, compassivos e companheiros, para uma vida merecedora da prosperidade que todos almejamos.
Desde o princípio dos tempos, ignoram a prosperidade aqueles que se dizem não-materialistas, afinal, vivemos num mundo material. Mas, ignorantes são aqueles que nada ou pouco entendem sobre a prosperidade; sob um prisma angular restritivo, em que valem-se de valores físicos, materiais, monetários, pura e tão somente. A verdadeira prosperidade se manifesta nas mais diferentes áreas da vida: material, social, intelectual, musical, interpessoal e espiritual. Como, aliás, (esta última) não poderia deixar de ser.
Atermo-nos a valores morais e éticos é importante; todavia, praticá-los é tão ou mais relevante que “simplesmente” os ter. Sem mais delongas, que este texto os inspire e uma prática mais reflexiva, profunda, resiliente, que considere seus sentimentos à luz de algo maior, e que não nos deixe esquecer do que existe de mais íntimo e divino e cada um: O real e insaciável desejo da felicidade! Vale ressaltarmos: A felicidade é um meio, não um fim em si mesmo! E assim encerro...
Saudade faz sua ode ao amor, em que erros nos enaltecem (aos inteligentes), como produtivos aprendizados e aprimoramentos. Que seja este um culto ao seu real valor, interiorizado em corações, por vezes, apequenados pela timidez; noutras, inebriados por fortuitos enganos. Que ele prevaleça! pois é nisso que pensamos diária e incessantemente.
"Felizes aqueles que semeiam amor, porque eles colherão a felicidade."
(Provérbio Popular)


Luciano Pereira
Escritor | Redator | Revisor de textos e de livros | Produtor Cultural
Desenvolvimento de Projetos | Audiovisual | Startup | Mentor
Psicoterapeuta holístico | Massoterapeuta
Sufis são um grupo de pessoas que praticam o sufismo, conhecida corrente mística do Islã, em que procuram desenvolver uma relação íntima, direta e contínua com Deus.