Neuroplasticidade cerebral

Neste artigo, vamos aprender o que é a neuroplasticidade cerebral, qual a sua importância, como ela se dá, e como podemos aplica-la na vida prática.

No próximo artigo, entenderemos com maior profundidade como utilizá-lo no dia-a-dia pessoal, profissional e até espiritual, para que tenhamos uma vida a cada dia mais próspera, mais saudável e mais feliz.

O que é neuroplasticidade?

Neuroplasticidade é um termo usado para se referir à capacidade de maleabilidade, seja de materiais ou até mesmo nos seres vivos. Em muitos dos casos isso acontece até naturalmente, não apenas com materiais de objetos, mas também nos corpos e organismos naturais, em especial nos animais.

O ouro é um exemplo de material maleável e, portanto, é um material passível de plasticidade.

A neuroplasticidade é um processo que ocorre em resposta a estímulos intrínsecos e extrínsecos.

Sinapses químicas são respostas medidas por neurotransmissores. E as sinapses elétricas são mensageiros químicos, em que o impulso elétrico passa diretamente de um neurônio para o outro.

As sinapses utilizadas com mais frequência são fortalecidas, em decorrência de adaptações fisiológicas dos neurônios envolvidos.

O processo de neuroplasticidade é um fenômeno que ocorre naturalmente o tempo todo:

Por exemplo:

Fatores de sobrevivência são ótimos indutores de rearranjos sinápticos, tanto para potencialização (fortalecimento), quanto para depressão (enfraquecimento) sináptico.

Alguns aspectos são notados de modo macroscópico.

Exemplo:

Quanto maior a escolaridade e o aprendizado, maior será a reserva cognitiva da pessoa. E possui efeito contra o surgimento de demência ou, no mínimo, retarda seu risco natural de manifestação, caso ocorra.

É preciso aprender, aprender e aprender. Um novo esporte, uma nova técnica, um novo hábito, ler um novo livro, desenvolver novas ideias, escrever e contextualizar pensamentos e entendimentos que fortaleçam a atividade cerebral.

A ecolocalização é outro aspecto de neuroplasticidade, com a habilidade desenvolvida em alguns animais. Esta habilidade pode também ser desenvolvida em pessoas cegas ou deficientes, que tenham membros amputados e, sobretudo, cuja situação seja uma nova condição de vida, diferente daquelas inatas.

A pessoa ou animal que gozava de um corpo perfeito, com suas funções naturalmente desenvolvidas e todos os membros completos, uma vez que deixam de ter essas condições satisfeitas, o organismo passa a se adaptar à sua nova condição e, se for o caso, ao novo ambiente de convívio. Este é um processo natural que ocorre com todos os animais, porém, o seu desenvolvimento também pode ser incentivado através de terapias, fisioterapia e, até mesmo, através da psicanálise e da espiritualidade.

Portanto...

• recuperação de lesões e micro lesões

• aquisição de novas habilidades respostas a estímulos externos

• privações sensoriais

Teoria Hebbiana:

As células pós-sinápticas conservam as sinapses de melhor qualidade. Isto é, as ligações em que haja melhor sincronia entre as células pré e pós-sinápticas; assim, ela opta por receber as sinapses de melhor qualidade. Neste caso, ambos os neurônios se adaptam e a sinapse é fortalecida entre eles.

Potenciação de longa duração

Isso ocorre dependendo da intensidade e da frequência com que essas sinapses são ativadas. Importante mecanismo para memória, sobretudo de longo prazo, e para o aprendizado.

Brotamento ou eliminação de axônios

Pode ocorrer ainda a criação de novos neurônios no cérebro, num processo chamado neurogênese.

Conforme haja maior ou menor estímulo sináptico, os neurônios podem desenvolver mais axônios e assim tornar-se mais ativos. De mesmo modo, se o neurônio entender que precisa de menos axônios, então um ou alguns deles deverão ser naturalmente eliminados. Igualmente, quando o neurônio entender que deve aumentar o número de conexões então ele aumentará o número de dendritos.

Além disso, elas podem se deslocar para diferentes regiões do cérebro, onde ele (cérebro) entender ser mais necessários; é a chamada migração celular.

Neurotrofinas são grupos de substâncias, que colaboram na regulação do crescimento, desenvolvimento e sobrevivência neuronal.

Cérebro saudável

Mas então, como nós podemos manter o nosso cérebro mais saudável, com melhores neurônios e com melhor qualidade sináptica entre eles?

Afinal, são estes aspectos que definirão, não somente a nossa qualidade de vida mental, mas também a capacidade intelectual e a forma de como viveremos daqui para frente, com maior ou menor qualidade de vida, com maior ou menor inteligência.

A neurogênese, ou seja, a produção de novos neurônios, é um processo fascinante e, felizmente, estimulável. Embora tenhamos um número limitado de neurônios no nascimento, nosso cérebro possui a capacidade de gerar novos neurônios ao longo da vida.

Vida Saudável

O que você pode fazer para estimular a neurogênese e melhorar a saúde do seu cérebro?

1. Alimentação Saudável:
Ômega-3: Presente em peixes gordurosos, nozes e sementes, o ômega-3 é essencial para a saúde do cérebro.
Antioxidantes: Frutas, legumes e verduras coloridas são ricos em antioxidantes que protegem os neurônios dos danos causados pelos radicais livres.
Vitaminas do complexo B: Essenciais para o metabolismo cerebral, podem ser encontradas em carnes magras, ovos, legumes e grãos integrais.

2. Exercícios Físicos:
Aeróbicos: Aumentam o fluxo sanguíneo para o cérebro, estimulando a neurogênese.
Resistência: Fortalecem os músculos e melhoram a saúde cardiovascular, indiretamente beneficiando o cérebro.
Coordenação: Atividades como dança e tai chi-chuan estimulam diferentes áreas do cérebro.

3. Sono de Qualidade:
Duração: A maioria dos adultos precisa de 7-9 horas de sono por noite para o cérebro se recuperar e consolidar as memórias.
Regularidade: Manter um horário regular de sono é fundamental para o bom funcionamento do cérebro.

4. Estímulo Mental:
Aprendizado: Estudar novas habilidades, idiomas ou instrumentos musicais estimula a formação de novas conexões neuronais.
Leitura: A leitura expõe o cérebro a novas ideias e informações, promovendo a plasticidade cerebral.
Jogos e quebra-cabeças: Desafios mentais ajudam a manter o cérebro ativo e ágil.

5. Gerenciamento do Estresse:
Meditação: Reduz o cortisol, hormônio do estresse, e promove o relaxamento.
Yoga: Combina exercícios físicos, respiração e meditação, proporcionando diversos benefícios para a saúde mental.
Tempo para si: Dedique tempo para atividades que você gosta e que te relaxam.

6. Interação Social:
Relacionamentos: Manter relações sociais saudáveis é fundamental para o bem-estar emocional e cognitivo.
Novas amizades: Conhecer novas pessoas e experiências estimula o cérebro.

7. Suplementos:
Consultar um profissional: Antes de iniciar qualquer suplementação, consulte um médico ou nutricionista.
Opções: Alguns suplementos como vitamina D, curcumina e ginkgo biloba podem apresentar benefícios para a saúde cerebral, mas devem ser utilizados com orientação profissional.

A neuroplasticidade é a capacidade de se reorganizar de forma natural ou por estimulação programada externa, com estudos e outras práticas humanas.

Um processo que ocorre naturalmente e a quantidade de neurotrofinas presentes no local é que definirão a quantidade e a velocidade da morte celular dos neurônios.

O estilo de vida, o nível de novos aprendizados ao longo da vida, exercícios, alimentação, atividade social, atividade intelectual, práticas espirituais, o consumo de bebidas alcoólicas, de drogas e entorpecentes, são aspectos da vida quotidiana que ajudarão a definir a velocidade de perda natural dos neurônios do cérebro ao longo dos anos

A perda de neurônios, propriamente dita, e retrata um processo natural do cérebro. Logo, não e ruim.

A apoptose celular é a morte celular programada de nossos neurônios.

Luciano Lima Pereira

Escritor | Redator | Revisor de textos e de livros | Produtor Cultural
Desenvolvimento de Projetos | Audiovisual | Startup | Mentor
Psicoterapeuta holístico | Massoterapeuta

Espero que tenham gostado!
Até o próximo artigo.