O mercado de Kombucha no Brasil

Como sabemos, saúde é um bem valioso e, felizmente, os movimentos nesta direção vem ocorrendo corriqueiramente e cada dia com maior frequência. As iniciativas se multiplicam em todas as áreas de atuação produtiva e do conhecimento.

Ocorreu na semana passada a feira Softdrinks Tech 2023, realizada anualmente pela Trioxp Eventos. Associada a ela, aconteceu ainda outro evento simultâneo, promovido pela ABKOM Associação Brasileira de Kombucha, uma bebida artesanal que vem ganhando terreno no Brasil nas últimas décadas, em especial, na década atual.

A bebida é popularmente conhecida por conter probióticos e a fermentação se dá através de uma colônia simbiótica de bactérias e leveduras, conhecida pela sigla SCOBY (Symbiotic Colony of Bacteria and Yeast). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), probióticos são microrganismos vivos que, ao serem administrados em quantidades adequadas, transmitem benefícios à saúde do hospedeiro. Como foi visto no estudo, porém, a composição das espécies microbianas encontrada em cada bebida pode variar e não é sempre a mesma. [UFRS]

Kombucha é um chá fermentado, levemente efervescente e adoçado, comumente consumido por seus benefícios à saúde; com propriedades probióticas e desintoxicantes. Adicionalmente, sabores de frutas e especiarias aromáticas são frequentemente aplicados ao produto-base. Suco, frutas ou outros aromas são frequentemente adicionados. Acredita-se que o Kombucha tenha se originado na China. Entretanto, na verdade, ela é um extrato líquido que serve de base para outras bebidas, podendo ser até mesmo gaseificadas, outras não.

A kombucha é proveniente da cultura oriental, uma simbiose entre bactérias e fungos que produzem uma bebida de sabor marcante na qual seu consumo traz benefícios à saúde, e isso vem sido explorado atualmente contra doenças conhecidas como câncer, problemas cardiovasculares além de melhorar o funcionamento do sistema imunológico e digestório. Foi realizada uma busca nas bases de dados, Google Scholar, Science Direct, NKwood Research, Grand View Research e ResearchGate. A pesquisa incluiu estudos entre 2016-2020, em inglês e em português. Dos 2699 artigos elegíveis, 7 artigos e 4 materiais de apoio preencheram os critérios de inclusão. A maioria dos estudos relatados mostraram que esse mercado está em expansão crescente, o perfil do consumidor de Kombucha ou probióticos tipo Kombucha é um consumidor que busca funcionalidade e benefícios a saúde sem deixar de optar pelas bebidas de maior preferência que são os carbonatados, no Brasil a tendência também é de multiplicação, o que abre espaço para mais pesquisas e desenvolvimento na área.

Ademais, esse processo de fermentação pelo qual ela passa, tem alta concentração de bactérias (boas) para o trato digestivo, entre outras virtudes que a mesma nos apresenta.

A Kombucha é uma bebida milenar e que, segundo dizem, goza de menções bíblicas, em que se revelavam o uso de chás em seus rituais sociais e, até mesmo, religiosos.

O produto tem como principais bandeiras, o fato de ser natural, necessariamente produzido artesanalmente, o que lhe confere ainda melhor qualidade em seus preparos, fazendo dela uma bebida sem conservantes, sem produtos químicos industrializados e, sobretudo, sem contraindicações.

Seu uso pode (deve?) ser diário, desde para o bem-estar e a hidratação do corpo, até para momentos de descontração e sociabilização com parentes, amigos, colegas de trabalho.

Muito embora os próprios produtores de Kombucha não tenham este entendimento, e até procurem expor o produto de uma outra forma, a verdade é que ele vem sendo utilizado também como um natural substituto dos refrigerantes, por possuir propriedades que favorecem a saúde em diversos aspectos, além de evitar os excessos provocados por refrigerantes, em linhas gerais.

Apesar disso, a bebida é algo ainda “novo” no Brasil, historicamente falando. Presente no Brasil desde a década de 90, apenas em 2019 começou a ser regulada pelo governo federal, com a ajuda de produtores, através de consultas públicas, para que assim pudessem entender qual o conceito, forma, virtudes e padrões de qualidade que a bebida apresenta.

Atualmente, a bebida é regulada pela Instrução Normativa 41, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Naquela época, segundo o portal Convibra.org, especializada em congressos virtuais, o mercado mundial de Kombucha estava avaliado USD 1.6 Bi, com previsão de chegar a USD 5 Bilhões até 2025. O Brasil já possui mais marcas que Canadá e Australia. Ademais, assim como ocorre no mercado vinícola, o mercado de kombucha também movimenta milhares de microprodutores locais.

Já dispomos de mais de 400 marcas no Brasil inteiro, com forte atuação do sul e do nordeste, mas presente em todas as regiões brasileiras.

Vale ainda ressaltarmos que este mercado e outros conexos – máquinas e equipamentos de envase, logística e outros – também trabalham conceitos e práticas de sustentabilidade em suas linhas produtivas. Isso faz com que o produto seja saudável, não somente à saúde humana, mas também à economia como um todo e até ao planeta.

Como benefícios que a bebida traz, podemos elencar:

• prevenção ao câncer

• protege contra doenças neurodegenerativas

• melhora o sistema imunológico

• melhora as funções do fígado

• regula o açúcar no sangue

• melhora o funcionamento intestinal

• promove a saúde do coração

• combate infecções

• ajuda a melhorar o humor

Se quiser fazer uso desta e outras bebidas à base de Kombucha, pesquise por produtores em sua região. Pois, devido ao caráter artesanal, o Brasil dispõe de centenas de marcas de atuação regional (cidades próximas à sua sede produtiva). Assim, além de manter uma saúde mais equilibrada e levar uma vida mais leve e feliz, ainda promove o mercado nacional e apoia microprodutores locais de sua cidade e região.

No site da ABKom — abkom.org.br — você poderá conhecer algumas marcas e se orientar sobre este mercado em expansão.

Salute!