Aplicação da neuroplasticidade no desenvolvimento pessoal, profissional e espiritual
Uma exposição objetiva sobre como trabalharmos a neuroplasticidade cerebral, para uma vida mais saudável, mais feliz e com muitas habilidades mais, talvez até (ainda) desconhecidas por você.
Luciano Pereira
1/24/20256 min read


Aprendemos no último artigo neuroplasticidade é um processo natural do organismo, em todas as fases da vida — para rever, CLIQUE AQUI. Entretanto, como em muitos casos, ainda que naturais, os processos também podem ser trabalhados e moldados, conforme nossos desejos ou necessidades.
Para compreender como ocorre a neuroplasticidade, é preciso analisar como o sistema nervoso funciona e suas respectivas partes. O sistema nervoso é composto por dois conjuntos: o Sistema Nervoso Central (SNC) e o Sistema Nervoso Periférico (SNP).
Cada região do nosso cérebro é responsável por diferentes específicas funções: visão, audição, tato, paladar, olfato, respiração, raciocínio lógico, matemático, reptiliano (orientado à sobrevivência), dentre tantos outros.
Por exemplo: quando assistimos TV, nosso cérebro precisa coordenar a visão, audição, tato e ainda processar todas as informações que você recebe ao assistir. No esporte, seja ele qual for, usamos múltiplas funções: visão, audição, tato, coordenação motora, às vezes olfato
Como também já tratei em outro artigo — AQUI — para uma efetiva mudança de mentalidade, é algo mais profundo que se parece, num primeiro momento.
Potencial do cérebro
Muita gente acredita que usamos somente 10% do nosso cérebro, dando a entender que a outra parte fica inativa. A ciência já comprovou: é mito. Usamos todo o nosso cérebro, a quase todo momento. Acredita-se que os demais 90% do cérebro que inativo ou em desuso, fica desligado; e que ele seria responsável por poderes sobrenaturais, como mover pequenos objetos com o poder da mente. Nosso cérebro está sempre ativo, a todo momento. Mesmo em atividades que parecem ociosas e sem sentido, como dormir, ver TV ou tomar banho, o cérebro está sempre funcionando. Na verdade, para realizar tais atividades, até utilizamos diferentes parte do nosso cérebro!


Neuroplasticidade Funcional & Estrutural
A neuroplasticidade funcional refere-se à capacidade do cérebro de reorganizar suas funções em resposta a lesões ou mudanças no ambiente. Por exemplo, se uma parte do cérebro responsável pela visão for danificada, outras áreas podem assumir essa função. Já a neuroplasticidade estrutural envolve mudanças físicas nas conexões neuronais, como o fortalecimento ou enfraquecimento das sinapses, que ocorre durante o aprendizado e a prática de novas habilidades.
A neuroplasticidade também tem papel fundamental na recuperação de traumas e lesões cerebrais. Além do que a maioria das pessoas entende, terapias como a fisioterapia e a terapia ocupacional são projetadas para estimular a neuroplasticidade, ajudando os pacientes a recuperarem habilidades motoras e cognitivas.
Além disso, a neuroplasticidade pode ser influenciada por fatores externos, como o ambiente e as experiências de vida. Um ambiente enriquecido, que oferece estímulos variados e oportunidades de aprendizado, pode promover mudanças positivas no cérebro. Por outro lado, ambientes estressantes ou empobrecidos podem limitar a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar.
Sistema Nervoso Central & Periférico
Para compreender como ocorre a neuroplasticidade, é preciso analisar como o sistema nervoso funciona e suas respectivas partes. O sistema nervoso é composto por dois conjuntos: o Sistema Nervoso Central (SNC), com encéfalo e medula espinhal, e o Sistema Nervoso Periférico (SNP), com nervos periféricos, gânglios e receptores sensoriais.
A função principal do sistema nervoso é coordenar e controlar as atividades do corpo humano, incluindo:
Percepção Sensorial: administra aspectos e comandos sensoriais e ambientais — visão, audição, tato, paladar e olfato, por meio dos órgãos dos sentidos.
Processamento de Informações: já aqui ele administra e interpreta as informações sensoriais para tomar decisões adequadas e coordenar respostas apropriadas.
Controle Motor: coordena os movimentos musculares voluntários e involuntários, permitindo a locomoção e a realização de ações precisas.
Regulação de Funções Vitais: regula funções vitais como batimentos cardíacos, pressão arterial, respiração e temperatura corporal para manter um equilíbrio interno (homeostase) adequado.
Memória e Aprendizado: registra e armazena informações, permite o aprendizado e a formação de memórias, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo.
Respostas a Estímulos: ocorre a partir de estímulos internos e externos (dor, calor, frio e pressão, para proteger o corpo e garantir sua sobrevivência).
Coordenação de Emoções e Comportamentos: Influencia o comportamento, o humor e as respostas emocionais, desempenhando um papel na saúde mental.
Comunicação entre Células: Facilita a comunicação entre as células nervosas (neurônios) por meio de sinais elétricos e químicos.
Cada parte do nosso cérebro é responsável por diferentes funções biológicas, como ver, sentir, respirar, ouvir, raciocinar e se movimentar. Em caso de danos em alguma dessas áreas, o cérebro se modifica (aí que entra a neuroplasticidade) para tentar reaver e suprir a necessidade. Por exemplo: quando assistimos TV, nosso cérebro precisa coordenar a visão, audição, tato e ainda processar todas as informações que você recebe ao assistir.
Quantas vezes já ouvimos pessoas falarem que precisam do seu “sono de beleza”? Saiba que há um fundo de verdade nessa história! Dormir deixa sim as pessoas mais bonitas, mas dormir o dia todo que não vai fazer efeito. Pesquisas afirmam que, quando dormimos, nosso cérebro organiza as informações que recebemos durante o dia todo. É nesse momento que as células responsáveis pela produção de mielina dobram sua produção, fazendo assim o reparo de danos no cérebro ser mais fácil. Ao se referir à beleza, existem várias questões envolvidas, como ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e, claro, ter uma boa noite de sono! Quando não dormimos direito, nosso corpo libera hormônios ligados ao estresse e ficamos mais irritados, o que causa palidez e aumento dos vincos da pele, aumentando também as olheiras. Tudo isso faz com que parecemos abatidos e cansados. Por isso, é preciso manter uma rotina de sono, alimentação e atividades físicas para nos mantermos bonitos.
Quando a neuroplasticidade é afetada ao longo da vida?
Por ser uma capacidade de mudança no cérebro, e não uma doença, ela ocorre diariamente e não tem como ser evitada. Porém, a neuroplasticidade ocorre mais em pessoas que sofreram alguma lesão neural e que precisem de mais mudanças. Algumas condições também podem contribuir positivamente.


Tudo o que está listado acima faz nosso cérebro trabalhar, ativando a neuroplasticidade.
Continuemos, agora por uma linha também prática e importante para a vida
Como eliminar maus hábitos
Pense em seu cérebro como um emaranhado de circuitos interconectados, onde cada ação o molda a uma (nova?) forma de pensar e caminhos a seguir.
Podemos dar algumas dicas:
Comece identificando esses hábitos que você considera ruins. O fato de admitir que realiza um mau hábito é o primeiro passo para a resolução do mesmo.
Deixe de fazer essa atividade. Se ela for fácil de ser excluída de sua vida, melhor. Entretanto, se sentir dificuldade, coloque outra atividade no lugar, que te faça esquecer do mau hábito.
Resista ao ato de voltar a realizar a atividade, por mais acostumado que esteja nosso cérebro. Ele leva tempo para poder mudar de caminho.
Centralize sua energia em um ato de cada vez. Realizar muitas mudanças pode ser cansativo para seu cérebro. Realizando uma de cada vez, ele vai se acostumar com uma para então começar a próxima mudança.
Substitua um ato prazeroso por outro. Ao compensar seu cérebro, ele vai aceitar melhor a mudança que você deseja realizar.
Não sobrecarregue seu cérebro. Planeje-se para poder realizar todas as mudanças que deseja em um determinado tempo.
Lembre-se que é muito fácil tornar hábitos considerados bons em maus, fique atento com o que realmente você quer.
Seja feliz acima de tudo! As mudanças vêm com o tempo.


Problemas que afetam a neuroplasticidade cerebral
Acidente Vascular Encefálico (AVE);
Acidente Vascular Cerebral (AVC);
Derrame;
Depressão;
Perfuração do encéfalo;
Grandes traumas;
Mudanças de personalidade, sentimento ou comportamento;
Situações que favorecem a neuroplasticidade cerebral
Meditar;
Aprender a ler ou escrever;
Aprender a tocar um instrumento musical;
Aprender um novo idioma;
Mudança de emprego;
Autismo;
Reabilitação de vícios e dependências.


Bem, isso era o que tinha para o momento, tratando de algo mais útil para a vida cotidiana de cada um de nós e contribuindo com vocês para uma vida mais saudável e mais feliz!
Bibliografia de apoio:
Site: Minuto saudável
Site: Quero Bolsa
Forte abraço a todos.
Luciano Pereira
Escritor | Redator | Revisor de textos e de livros | Produtor Cultural
Desenvolvimento de Projetos | Audiovisual | Startup | Mentor
Psicoterapeuta holístico | Massoterapeuta
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